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Rondônia, sábado, 05 de outubro de 2024.




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Para Barbalho, COP 30 na Amazônia é oportunidade de protagonizar agenda climática


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O governador do Pará, Helder Barbalho, disse nesta quarta-feira, 17, que independentemente de Belém e o estado do Pará sediarem a COP 30 — caso o Brasil sedie o evento internacional — o maior beneficiário será o Brasil. O destino da COP 30 será definido em dezembro de 2023 e Belém é a candidata brasileira para receber a conferência em 2025.

“Quando o mundo vai ao Brasil discutir mudança climática e escolher um estado da Amazônia, da maior floresta tropical do planeta, isto certamente é uma provocação, que se o Brasil souber apanhar como uma oportunidade, ele construirá com que o mundo possa não apenas apontar o dedo para o Brasil, mas possa propor um pacto ao nosso país”, afirmou o governador durante o Fórum de Competitividade do Movimento Brasil Competitivo, do qual EXAME é parceira de mídia, em Brasília.

Pautando a agenda ambiental

Ainda de acordo com ele, o Brasil não pode comprar a narrativa de que “só tem responsabilidade”, e precisa fazer um chamamento ao mundo mostrando que é um país sério, responsável e comprometido com a causa climática. “Por exemplo, nós somos signatários da coalizão Life, que se propõe pagar US$ 1 bilhão a partir da comparação das emissões dos estados subnacionais, comparando o que o estado emitia em 2017 e o que esse mesmo estado emite em 2023″, disse Barbalho. “Isso permitirá a monetização para que o estado que for gerar o superávit de redução de emissão possa ter o financiamento diretamente ao financiamento climático.”

Leia mais: Pará: o estado com o maior desmatamento tem um plano para desenvolver a Amazônia

Barbalho também defendeu que é preciso compreender que o mundo vive um momento decisivo, de “virada de chave” e construção de um novo paradigma. “Precisamos colocar sobre a mesa quais são os desafios do Brasil, o que o Brasil quer, como quer, onde quer e qual é o caminho a trilhar”, afirmou.

Segundo o governador, também é necessário que haja mobilização da sociedade, ponto que ele considera que talvez seja o mais decisivo desse processo para que seja efetivo.

“Como que eu concilio o modelo de desenvolvimento do Brasil com as necessidade dos desafios sociais ainda apresentados no nosso país, como a oportunidade ambiental? Por isso eu tenho colocado três sustentabilidades que têm de andar juntas: a ambiental, a economia e a principal que é a sustentabilidade social”, afirmou.

Compondo esses três eixos, defende ele, será possível ser bem-sucedido.

Belém, um case e um legado?

Ao ser a sede da COP, a ambição do governador para além da promoção de seu estado é deixar um legado para o Brasil.

“Que possamos fazer dessa oportunidade um horizonte para o nosso país, em que a partir dessa construção o Brasil consolide a oportunidade que se apresenta, seja como bioeconomia diretamente na diversidade dos negócios, seja transformando floresta viva em economia de captura de carbono numa nova commodity. O carbono precisa ser visto dessa forma porque aí eu precifico”, afirmou.

“Nós não podemos imaginar estar apenas diante de um evento, nós estamos diante de uma oportunidade, de um estado que historicamente é o maior emissor do Brasil, mas que tem construído a transição para sair desse cenário negativo e se transformar em um case de sucesso”, completou.

O governador defende a tese de que é possível um estado como o Pará, minerador e agropecuário, prosperar de forma ambientalmente correta.

“O que nós temos feito no estado do Pará, primeiro é fortalecendo o seu arcabouço legal para termos leis que transformem o estado num ambiente responsável ambientalmente, que seja, inclusive, provedor de segurança jurídica e institucional com previsibilidade e estabilidade demonstrando que queremos ajudar aqueles que agem corretamente. Seja apoiando quem age corretamente, seja combatendo quem continua apostando no processo da ilegalidade”, afirmou.

A gestão do governador tenta internalizar na sociedade paraense que não “podemos” chegar como estado e cidade-sede do maior evento que debate sobre mudanças climáticas em 2025, sendo o estado que mais emite [gases poluentes].

“Por isso, estamos fazendo todos os esforços e os resultados têm se mostrado efetivos e eficazes. Mas nós não queremos ser apenas coercitivos, nós queremos propor uma transição, um processo que não seja excludente, mas que possa permitir uma oportunidade. E claro nós temos aquilo que está dimensionado no nosso estado e nos nossos esforços, mas nós precisamos fazer um chamamento para o Brasil”, concluiu.

Fonte: Exame

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