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Rondônia, segunda, 30 de setembro de 2024.




Nacional

Boato sobre prisão de CEO da Binance faz clientes tirarem R$ 1 bilhão da corretora


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O mercado de criptomoedas passou por uma forte volatilidade no fim da tarde desta segunda-feira, 3, depois da circulação de boatos sobre um possível pedido de prisão do CEO da Binance, Changpeng Zhao, por parte da Interpol. A corretora registrou um movimento de retirada de fundos por clientes que totaliza US$ 262 milhões nas últimas 24 horas (R$ 1,32 bilhão, na cotação atual), segundo dados da Nansen.

As especulações começaram quando um investidor famoso no mercado cripto, conhecido apenas como Cobie, compartilhou uma mensagem criptografada que dizia que Zhao teria sido alvo de uma “notificação vermelha” por parte da Interpol. A medida significaria que a organização internacional estaria procurando o empresário para prendê-lo preventivamente.

Em pouco tempo, o boato não comprovado assustou os investidores e levou a fortes retiradas de fundos de diversas corretoras de criptomoedas, fazendo com que os preços dos próprios ativos também tivessem quedas relevantes, revertendo uma tendência positiva ou de lateralidade observada na maioria dos projetos nesta segunda-feira.

Os dados da Nansen apontam que, excluindo as movimentações de bitcoin, a retirada da Binance é a maior para o período de 24 horas. Outras corretoras importantes, como a Bitfinex, a Crypto.com e a OKX, também acumulam saques líquidos. Já a Coinbase, maior exchange dos Estados Unidos, foi aparentemente beneficiada pelo cenário, acumulando uma entrada de investimentos.

Pouco tempo após as movimentações de mercado, Zhao fez um post no Twitter compartilhando uma suposta imagem dele na lista de procuradores da Interpol. “Essa é uma imagem editada digitalmente”, comentou. Ele ainda fez referência a um dos princípios citados por ele em momentos de incerteza e medo no mercado: “ignore o medo, fake news e ataques”. O posicionamento acalmou o mercado, com o fluxo de retirada de fundos caindo e as criptomoedas retomando movimentos de alta para se recuperar das perdas.

 

Até o momento, a Interpol não se pronunciou sobre a veracidade da informação. Zhao também não se pronunciou mais sobre o assunto, e não há um posicionamento oficial da Binance sobre o tema. Em março, a corretora de criptomoedas e seu CEO foram processados pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC, na sigla em inglês).

Processo contra a Binance

A CFTC acusa Zhao e a exchange de permitir ilegalmente a negociação de derivativos de ativos digitais por investidores norte-americanos. “Os réus supostamente optaram por desconsiderar conscientemente as disposições aplicáveis ​​do CEA [a regulação dos EUA para commodities] enquanto se engajavam em uma estratégia calculada de arbitragem regulatória para seu benefício comercial”, acusa a CFTC.

O comunicado divulgado pelo regulador informa que o processo buscará punições civis e monetárias e uma proibição permanente para negociações e registros pela corretora de criptomoedas. A Binance é acusada de ter realizado transações de derivativos de commodities para usuários nos Estados Unidos entre julho de 2019 e 2023.

No mesmo dia em que a denúncia foi divulgada, a Binance chegou a registrar uma saída líquida de mais de US$ 852 milhões (R$ 4.411 bilhões, na cotação atual) por parte dos seus clientes. Em nota enviada à EXAME, a empresa disse que “a reclamação apresentada pela CFTC é inesperada e decepcionante, pois trabalhamos em colaboração com a CFTC por mais de dois anos. No entanto, pretendemos continuar a colaborar com os reguladores nos EUA e em todo o mundo. O melhor caminho a seguir é proteger nossos usuários e colaborar com os reguladores para desenvolver um regime regulatório claro e criterioso”.

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Fonte: Exame

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