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Rondônia, segunda, 30 de setembro de 2024.




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No Brasil, 40,7% das fake news são divulgadas pelo WhatsApp mesmo desmentidas


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Em artigo publicado na Harvard Misinformation Review, revista especializada no combate à disseminação de informações falsas na internet, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontam que 40,7% das fake news são compartilhadas pelo WhatsApp mesmo após terem sido desmentidas. Na índia, o percentual chega a 82,2%. Além disso, os autores sugerem uma forma de prevenir o avanço dessas informações mentirosas sem que a privacidade dos usuários – garantida pela criptografia ponta-a-ponta usada pelo aplicativo – seja perdida.

Acadêmicos do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da universidade sugerem que o mensageiro do Facebook passe a usar uma “rede de checagem de fatos para filtrar os conteúdos propagados”, conforme explica nota de divulgação da instituição. A ferramenta é utilizada no Facebook e, segundo os pesquisadores, não quebra a criptografia de ponta a ponta das mensagens do WhatsApp. 

O professor do DCC Fabrício Benevenuto, residente do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) da UFMG, que assina o artigo afirmou à UFMG que há uma “clara a necessidade de que algo seja feito para levar às pessoas a verificação de autenticidade”. 

“O que a gente propôs é que os conteúdos já checados pelas agências sejam contrastados com aquele que está nos celulares das pessoas, sem quebrar a criptografia. Assim, quando alguém estiver prestes a enviar um conteúdo, receberá uma informação de que aquilo já foi checado, com sugestão para que confira sua veracidade”, afirmou o pesquisador.

Além de ajudar a parar o avanço da desinformação, a solução apresentada evita que a conta de usuários que repassem conteúdo falso seja bloqueada. “É uma solução puramente tecnológica, que envolve apenas o trabalho no desenho do sistema de integração do Whatsapp com a agência de checagem. Não depende de legislação nova, e não interfere na troca de mensagens, que continuam privadas e criptografadas”, completa Beneventuo. 

Além do professor, assinam o artigo publicado na Harvard os doutorandos Júlio César Reis e Philipe Melo, do DCC, e os pesquisadores Kiran Garimela, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. 

Fonte: O tempo

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