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Bolsonaro afirma que respeita o teto de gastos: ‘Brasil está indo bem’
Em pronunciamento após reunião com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (MDB), e Câmara, Rodrigo Maia (DEM) nesta quarta-feira (12), o presidente Bolsonaro disse que respeita o teto de gastos e que “no que pese o problema da pandemia” o “Brasil está indo bem”.
Fala ocorre um dia depois de “debandada” de atores no Ministério da Economia, como definiu o chefe da pasta, Paulo Guedes. Salim Mattar e Paulo Uebel, que ocupavam secretarias-chave no ministério, pediram demissão nessa terça (11).
“Fizemos uma reunião onde as principais lideranças do executivo e legislativo. Lamentamos a falta do chefe do Supremo, por questões que (se) justificam. No que pese o problema da pandemia, entendemos que o brasil está indo bem, a economia está reagindo”, defendeu o chefe do Executivo no breve discurso em Brasília. Bolsonaro disse que o governo pretende “direcionar forças para o bem comum” e o desenvolvimento do país.
“Queremos a responsabilidade fiscal, e o brasil tem como ser um daqueles países que melhor reagirá à questão da crise. Assuntos variados foram tratados (na reunião). Privatizações, reformas, como a administrativa. Nos empenharemos juntos para buscar soluções, destravar a economia e colocar o brasil no lugar que ele sempre mereceu estar”, concluiu o presidente.
A fala é uma resposta à declaração de Paulo Guedes nessa terça, durante coletiva. O ministro afirmou que, se descumprir o teto de gastos, Bolsonaro poderia sofrer um impedimento.
“Os conselheiros do presidente que estão aconselhando a pular a cerca e furar teto vão levar o presidente para uma zona sombria, uma zona de impeachment, de irresponsabilidade fiscal”, disse.
Rodrigo Maia afirmou que o encontro, convocado pelo Executivo, foi “uma importante reunião” que discutiu a “qualidade do gasto público”.
Ele ressaltou que a Casa está “pronta” para aprovar uma reforma administrativa, que, apesar de prometida, ainda não foi encaminhada pelo governo federal.
“Reafirmar esse tema é reafirmar nosso compromisso com o futuro do país. A Câmara está pronta, quando o presidente entender, para votar e aprovar uma reforma administrativa”, afirmou.
Único a mencionar as mais de 100 mil mortes por coronavírus durante pronunciamento Davi Alcolumbre defendeu que “o parlamento está atento” à crise que se aproxima.
“Vivemos hoje no Brasil uma pandemia que trará consequências, que infelizmente já ceifou mais de100 mil brasileiros, mas o parlamento está atento. A reunião foi para nivelar as informações da agenda de responsabilidade fiscal. O congresso nunca faltou ao governo”, concluiu.
Fonte: O tempo