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Rondônia, domingo, 22 de setembro de 2024.




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Pandemia tem impactos desiguais afetando mais a população negra, conclui Mapa Social do Corona


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A Sétima Edição do Mapa Social do Corona lançado pela organização Observatório de Favelas traz como tema a relação entre racismo estrutural e Covid-19, no Rio de Janeiro. A publicação quinzenal tem como objetivo dar visibilidade aos impactos da pandemia do novo coronavírus, na capital fluminense, e identificar ações para o enfrentamento da crise sanitária. De acordo com o boletim, não só questões biológicas caracterizam a doença, como explica o coordenador do Observatório de Favelas, Aruan Braga.

 

O boletim ressalta que o racismo estrutura a sociedade e se manifesta diretamente na atenção e no acesso à saúde da maior parcela da população brasileira. E que o maior número de óbitos ocorre em bairros cuja presença da população negra – pretos e pardos – superam 60%.

 

O Mapa ressalta ainda o recorte por idade. De acordo com Aruan Braga, nas regiões periféricas e de favela,  há uma maior incidência de óbitos nas faixas etárias mais baixas.

 

De acordo com o mapa, levando-se em conta o recorte racial, “os números revelam um abismo na forma como a pandemia se apresenta em diferentes regiões da cidade”, impactando também na infraestrutura e na mobilidade urbana, na estrutura habitacional e nas condições de trabalho e renda.

 

Um dos paralelos traçados pelo Mapa, aponta que, com exceção de Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense, os demais bairros da cidade, com características de classe média alta, com alto índice de pessoas brancas, possuem uma proporção de óbitos baixa. A exceção fica por conta de bairros com grande concentração de favelas e densidade populacional, como Copacabana, na Zona Sul, e na Tijuca, na Zona Norte da cidade.

 

O Observatório de Favelas destaca ainda como essa distribuição majoritária das populações negras nos bairros periféricos e nas favelas da cidade correspondem diretamente às desigualdades e também no impacto que a Covid19 tem sobre esses espaços urbanos e sua população, como ressalta Aruan Braga.

 

Ainda de acordo com dados apresentados na publicação, considerando análise sobre outros aspectos já estudados em edições anteriores do Mapa Social do Corona, a incidência de óbitos, considerando o recorte de cor e de raça, revela uma maior vulnerabilidade de população negra diante da falta de recursos para lidar com as questões impostas pela Covid-19.

 

O Observatório também destaca que poucas favelas – 11, apontadas pelo Mapa – possuem Unidades Básicas de Saúde, dificultando o acesso ao tratamento e cuidados.

Fonte: Ag. Brasil

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