Conectado por
Rondônia, sábado, 28 de setembro de 2024.




Nacional

UFMG pode ficar sem dinheiro para bolsas e até conta de energia, diz reitora


Compartilhe:

Publicado por

em

A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Goulart, afirmou, em entrevista ao “Jornal Nacional”, da “TV Globo”, nesta quinta-feira (6), que o decreto 11.216/2022, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que oficializou uma retenção de recursos em R$ 1,059 bilhão – R$ 328,5 milhões em universidades, vai causar problemas orçamentários à instituição.

A falta de verba poderá obrigar a UFMG a cortar bolsas de 10 mil alunos e até impedir pagamento de contas de energia e água. “Não tem como dizer que vou realizar os pagamentos só em dezembro. Precisamos de uma gestão responsável”, pontuou.  

Em entrevista a O TEMPO em agosto de 2022, a reitora havia afirmado que a universidade já operava com déficit de orçamento e faltavam cerca de 1 mil servidores. Desde 2016, quando o teto de gastos públicos foi implementado no Brasil, o orçamento direcionado para a manutenção do quadro de pessoal praticamente não teve aumento.  

 A verba direcionada aos gastos com manutenção de infraestrutura, custeio de bolsas, financiamento de pesquisas e assistência social sofreu um corte de 45%. No período, a receita despencou de R$ 349 milhões em 2016, para R$ 192 milhões em 2022, conforme a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), antes do novo corte.  
 
“É a situação mais grave que a universidade pública já viveu em toda sua história. Nunca tivemos um contingenciamento tão grave como estamos, porque são cortes em cima de outros cortes. Se não houver uma recomposição do orçamento não vamos conseguir chegar ao fim do ano pagando as contas em dia”, atestou a reitora à época.  

O ministro da Educação, Victor Godoy, afirmou que foi estabelecido pelo MEC apenas um “limite temporário para movimento e empenho” de recursos. Medida que, segundo o ministro, só valerá até novembro. “O que aconteceu foi uma limitação da movimentação financeira. A gente distribuiu isso ao longo de outubro, novembro e dezembro. A gente chama isso de limitação de movimentação. Portanto não é corte nem redução do orçamento das universidades [e institutos] federais”, disse o ministro à TV Brasil. 

Fonte: O tempo

Publicidade
QUEIMADAS - GOVERNO RO

Mais notícias

Compartilhe: