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Após confusão em frigorífico, juiz suspende venda de ‘picanha mito’ a R$ 22 o kg
Uma promoção realizada por um frigorífico de Goiânia foi parar nos tribunais. O estabelecimento anunciou a venda de “picanha mito” por R$ 22 o quilo. No entanto, a carne nobre, que tem preço acima de R$ 100 o quilo, só seria comercializada para quem estivesse usando a camisa do Brasil. Neste domingo (2), o comércio foi palco de confusão e tumulto, inclusive teve as portas de vidro quebradas.
Ao analisar o caso, o juiz eleitoral Wilton Muller Salomão julgou que a promoção era ilegal e mandou suspender a propaganda e venda da “picanha mito”. Além disso, fixou multa de R$ 10 mil por hora em que a promoção permanecesse no ar.
“A venda de carne nobre em preço manifestamente inferior ao praticado no mercado, no valor de R$ 22, revela indícios suficientes para caracterizar, em sede de um juízo não exauriente, conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral”, escreveu o juiz na decisão.
Picanha mito
Além do valor da picanha, que tinha como preço o número de Bolsonaro nas eleições, a propaganda também usava a imagem do presidente, que concorre à reeleição. A primeira dama Michelle Bolsonaro comentou na publicação do frigorífico: “muito patriota” na publicação.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que funcionários do comércio tentavam controlar os clientes, que se aglomeravam no local e tentavam forçar a entrada. A Polícia Militar teve que ser acionada.
Calma gente, isso foi em Goiânia, realmente anunciaram uma promoção “picanha mito” a 22 reais pra quem fosse com a camisa do Brasil, por isso tanta gente pic.twitter.com/btl3GxiypH
— Sah (@italasarah1)
October 2, 2022
Fonte: O tempo