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Relatório aponta que 50 milhões são vítimas da escravidão moderna


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A diretora da Walk Free, Grace Forrest, destacou que o número de vítimas aumentou consideravelmente entre o levantamento anterior, feito em 2016, e o atual, feito no ano passado.

“São 10 milhões de pessoas a mais em situação de escravidão moderna. Em relação ao relatório anterior, é como se a população inteira de um país como a Grécia passasse a essa condição. São 28 milhões de pessoas em trabalhos forçados e 22 milhões em casamentos forçados.”

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Para Grace Forrest, esse tipo de exploração é um problema estrutural da humanidade.

“Da pandemia de covid-19 até os conflitos armados, passando pela crise climática, as pessoas mais vulneráveis foram as que mais sentiram os efeitos da crise, que também aumentou a escravidão moderna. Essas crises em todo o mundo levaram à redução de emprego e educação, e ao aumento da pobreza extrema, da migração insegura e da violência de gênero. A escravidão moderna nunca ocorre de forma isolada: é um problema criado pelo homem, ligado tanto à escravidão histórica quanto à desigualdade social.”

O setor privado concentra 86% dos casos de escravidão moderna. E a exploração sexual comercial representa 23% do total de vítimas, sendo 80% delas mulheres ou meninas.

A diretora da Fundação Walk Free, Grace Forrest, lista caminhos para enfrentar os trabalhos e casamentos forçados.

“Dar proteção social aos trabalhadores, com recrutamento justo e ético, evitando a servidão por dívida, fortalecendo a fiscalização pública, protegendo as pessoas do trabalho forçado e garantindo caminhos seguros para novos empregos. Mulheres, meninas e outros vulneráveis ao casamento forçado devem estar no centro das soluções: assegurando proteção adequada nas leis, como o aumento da idade mínima para casar para 18 anos, sem exceção. Se uma pessoa não consente, é casamento forçado. E as crianças são incapazes de consentir plena e livremente.”

Cerca de 3,3 milhões de vítimas da escravidão moderna são crianças. Mais da metade delas sofre exploração sexual.

O MPT, Ministério Público do Trabalho, recebe e investiga denúncias de trabalho escravo em todo o Brasil. É possível denunciar sem se identificar. Basta acessar mpt.mp.br.

* Com produção de Dayana Vítor.

Direitos Humanos Escravidão moderna está presente em quase todos os países Brasília Casos de trabalho escravo julgados em 2022 no Brasil já são quase mil 12/09/2022 – 20:25 Jacson Segundo/ Renata Batista Victor Ribeiro* – Repórter da Rádio Nacional Trabalho Escravo Exploração Sexual segunda-feira, 12 Setembro, 2022 – 20:25 200:00

Fonte: Ag. Brasil

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