Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio: veja como buscar ajuda em BH

Uma pessoa com sintomas de depressão leva em média 3 anos e 3 meses para procurar ajuda. É o que indica uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos a pedido da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, sobre saúde mental. O dado é revelador sobre a importância do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que acontece neste 10 de setembro (data associada à campanha Setembro Amarelo). 

A pesquisa, feita com 800 pessoas de diferentes partes do país (com diagnóstico ou não para a doença), apresentou os motivos principais para a demora na busca por ajuda profissional. A falta de consciência de se tratar de uma doença foi apontada por 18% das pessoas que disseram ter sido diagnosticadas com depressão, enquanto 13% disseram ter vivenciado uma resistência e outras 13% afirmaram ter sentido medo do julgamento, reação dos outros ou vergonha.

Como buscar ajuda?

Quem vivencia humor depressivo, falta de energia, apetite alterado, redução no interesse sexual e sintomas físicos difusos (como dor no peito, sudorese e queixas digestivas) pode estar com depressão. A orientação é procurar um médico para ter um diagnóstico preciso. 

Na rede pública de Belo Horizonte, de acordo com a prefeitura, o tratamento é oferecido para quem procura os centros de Saúde de referência e essas unidades contam com uma equipe de saúde mental que realiza o atendimento, acompanhamento e, quando necessário, encaminhamentos para os demais serviços. No site da prefeitura, estão informações e endereços dos Centros de Referência em Saúde Mental (Cersam). 

“A terapia oferecida pela Rede SUS-BH para pacientes com interesses ou tentativas de suicídio envolve acolhimento, escuta, psicoterapia, medicação, oficinas terapêuticas e ações nos Centros de Convivência”, afirma a Secretaria de Saúde. “Toda população tem acesso aos serviços, independente da faixa etária. O tratamento proposto aos pacientes é feito a partir da individualidade e demanda de cada caso. Os familiares também recebem todo o suporte necessário”, completa.

Em cada município há estruturas diferenciadas para o acolhimento de pessoas com depressão e transtornos mentais. Mas em todas há médicos na atenção primária capazes de identificar sintomas dessas doenças e fazer o encaminhamento para os profissionais especializados. 

Apoio pelo telefone

Qualquer brasileiro pode contar com o serviço do Centro de Valorização da Vida (CVV). Basta ligar para o número 188. Do outro lado da linha estará um voluntário disposto a conversar com quem está passando por um momento difícil. O apoio emocional é oferecido durante 24 horas de forma gratuita e sigilosa.