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Lula volta a comparar palanque de Bolsonaro à Ku Klux Klan; entenda a referência


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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato ao Planalto pelo PT, voltou a comparar o palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL) no comício realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, no 7 de Setembro, à Ku Klux Klan. 

“O palanque aqui da Copabacana, pela fotografia que eu vi, e eu vi na televisão, era a supremacia branca no palanque. Eu até comparei que parecia um pouco a Ku Klux Klan, só faltou o capucho, faltou a máscara, porque era isso no palanque”, afirmou o candidato, nesta sexta-feira (9), após encontro com evangélicos em São Gonçalo (RJ). 

Lula já havia feito a comparação na quinta-feira (8), durante um comício na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Em seguida, ele criticou o uso político da campanha de Bolsonaro dos atos do Dia da Independência. 

“Numa festa da sociedade brasileira que foi violentamente roubada por um presidente da República. Eu fui presidente da República em duas eleições, em 2006 e 2010, e em nenhum momento se pensou em usar o 7 de Setembro pra alguma coisa política. 7 de Setembro é um dia do povo brasileiro, e lamentavelmente esse cidadão resolveu mudar a regra do jogo. Não é possível, não é normal e democrático.”

O ex-presidente reiterou que fez a comparação com referência a “filmes americanos” da época da segregação racial. “Eu apenas comparei, eu vejo em todo filme americano vejo isso que aconteceu na guerra racial. Eu vi aquele palanque e fiquei assustado, não tinha povo. Tinha uma elite muito violenta nos seus discursos, a começar pelo presidente da República.”

A campanha do presidente da República já reagiu e acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta sexta-feira, contra fala de Lula. 

Na representação à Corte, feita pela coligação “Pelo bem do Brasil”, que apoia a candidatura de Jair Bolsonaro, a defesa pede que o TSE determine a exclusão do vídeo publicado nas redes sociais de Lula.

“A odiosa ofensa perpetrada por Lula, portanto, dirige-se não apenas ao candidato opositor, o que já seria indesculpável, mas aos milhões de brasileiros que se dirigiram com suas famílias ao evento para celebrar o amor à pátria”, diz trecho do documento.

Nas redes sociais, Bolsonaro também se manifestou, nesta sexta-feira: “Associar as milhões de famílias que foram pacificamente às ruas manifestar seu amor pelo Brasil no dia de nossa Independência a um grupo terrorista, racista e antissemita, como a Ku Klux Klan, é de longe a maior e mais covarde ofensa ao povo brasileiro que já vi em minha vida”.

Veja abaixo a publicação:

– Associar as milhões de famílias que foram pacificamente às ruas manifestar seu amor pelo Brasil no dia de nossa Independência a um grupo terrorista, racista e antissemita, como a Ku Klux Klan, é de longe a maior e mais covarde ofensa ao povo brasileiro que já vi em minha vida.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro)
September 9, 2022

 

Entenda o que é a Ku Klux Klan

Logo após a Guerra Civil Americana, conflito entre os estados do Norte contra os do Sul dos Estados Unidos, entre os anos de 1865 e 1866, surgiu um grupo terrorista de supremacistas brancos chamado Ku Klux Klan. 

Eles eram reconhecidos pelo uso de uma túnica branca com um capuz em cone que cobria todo o rosto. O grupo surgiu para promover o supremacismo branco, ideais racistas de segregação e atacar os negros, após séculos de escravidão, assim como os defensores dos direitos civis e humanos dos afro-americanos. 

Foram responsáveis por diversas atrocidades, como enforcamentos, massacres e por atear fogo em igrejas frequentadas pelos negros e nas casas dessas pessoas. Ainda hoje há células da Ku Klux Klan espalhadas pelos EUA com milhares de membros. 

Em 1920, a Ku Klux Klan chegou a reunir 4 milhões de membros. Diversos filmes, livros e séries, tanto documentais quanto de ficção, como o seriado “Watchmen”, de 2019, do diretor Damon Lindelof, abordam o que foi o período de terrorismo promovido pelos integrantes do grupo.

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Fonte: O tempo

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