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Rondônia, terça, 08 de outubro de 2024.




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Cemil reúne setores do agronegócio em evento de celebração aos 30 anos


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A Cooperativa Central Mineira de Laticínios (Cemil) celebrou nesta sexta-feira (09) os 30 anos da empresa em um evento realizado em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. A solenidade contou com a presença de produtores de leite,representantes de cooperativas e setores do agronegócio, além de políticos e integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

Atualmente, a Cemil tem como filiadas as cooperativas Coopatos (Patos de Minas), Coopervap (Paracatu) e Comadi (Dores do Indaiá). São 1.600 produtores, 680 colaboradores e faturamento de R$ 659 milhões apurado em 2021. A cooperativa tem capacidade mensal instalada de 22 milhões de litros de leite e possui um portfólio com mais de 40 produtos. 

Ao chegar às três décadas de operação, a Cemil tem no horizonte a ampliação das exportações e negociações com clientes nos Emirados Árabes, Estados Unidos e México, além de intensificar a presença nos Estados brasileiros e a forte atuação no Mercosul. Em entrevista nesta tarde, o presidente da Cemil, Vasco Praça Filho, afirmou que um dos principais desafios no momento é fortalecer a produção de leite, em momento de pressão sobre os custos produtivos. 

A cadeia enfrenta problemas como encarecimento de 30% das sacas de milho, base para alimentação do gado, desde o início da pandemia. Já o diesel, combustível utilizado para o transporte do leite entre o campo, indústria e varejo, praticamente dobrou de preço, se considerado o primeiro semestre de 2021 e o segundo semestre de 2022. “Esse momento difícil da cadeia do leite vai passar. Nosso conselho aos produtores é que busquem assistência técnica para alcançar eficiência e produtividade, mesmo com a elevação dos custos produtivos”, disse Vasco. 

Ainda conforme o presidente da Cemil, é necessário uma união das cooperativas para frear as importações de leite no Brasil. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), divulgados em agosto, o volume de lácteos importados no Brasil ao final de julho aumentou 44,9%, frente ao mesmo período de 2021. Dentre os produtos, o principal comprado de outros países foi o leite em pó – integral ou desnatado. 

Em contrapartida, as exportações gerais de lácteos caíram 36%. “As cooperativas querem se unir para o Brasil exportar mais, porque as importações, neste volume, e concentradas em Argentina e Uruguai, desequilibram a cadeia. Nós cobramos do governo uma política duradoura que se for necessário importar, que se faça, mas em pequena quantidade para não atrapalhar o produtor rural, principalmente os pequenos produtores”, acrescenta. 

Durante o evento, representantes da indústria sucroalcooleira, voltada aos derivados da cana de açúcar, também participaram junto a produtores de algodão e da suinocultura. “Foi um grande encontro de discussão do agronegócio brasileiro. E essa união vai ter resultados. Nós estamos acreditando que a diminuição do desemprego, a melhora no PIB, que todo esse momento difícil vai ser superado”, complementou Vasco. 

Fonte: O tempo

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