Novas regras: municípios de SP devem ter até 75% de ocupação em UTIs para avançar na flexibilização

O governo de São Paulo mudou os limites de ocupação de leitos de UTI para mudança de fase na flexibilização.

Pela nova regra, o índice de ocupação de leitos de UTI vai variar entre 70 e 75% para que as regiões possam avançar da fase amarela para a fase com menos restrições – a fase verde do Plano São Paulo. Esse é o plano que está norteando o processo de abertura no estado.

Pela regra em vigor até agora, o índice máximo de ocupação de leitos de UTI para que as cidades pudessem mudar de fase era de 60%.

A mudança anunciada nesta segunda-feira (27) atende pedido dos prefeitos que estavam enfrentando dificuldades em manter leitos desocupados ao mesmo tempo que volta a crescer a busca por leitos para pacientes com outras doenças.

Segundo o secretário de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, as cirurgias eletivas – aquelas que não são de urgência, e que voltaram a ser agendadas – vão facilitar a ocupação de leitos que estão ficando ociosos para atender os critérios de flexibilização da quarentena.

Nesta segunda-feira, 66% dos leitos de UTI da capital paulista estavam ocupados. O índice de ocupação dos leitos de enfermaria estava em 55% mas, para conseguir chegar à fase verde, a cidade precisa ficar abaixo do novo limite de ocupação por 28 dias. Apesar de facilitar o processo de reabertura das cidades, o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn garantiu que isso não significa um relaxamento.

As novas regras do Plano São Paulo foram anunciadas no mesmo dia em que foi constatado um aumento de 16% no número de mortes causadas pela Covid-19 nas cidades do interior do estado. Mas, como os óbitos na capital paulista caíram 27%, no balanço geral, o estado registra uma queda de 4% nas mortes por coronavírus. O número de internações em leitos de UTI também caiu 4% em todo o estado.

As mudanças anunciadas entram em vigor na próxima sexta-feira (31).

O estado de São Paulo registrou quase 488 mil casos de coronavírus desde o começo da pandemia e o número de mortes chegou a 21.676.