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Lula compara militância política com rivalidade no futebol em sabatina no JN


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O candidato do PT à Presidência, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerou que a polarização política no Brasil já foi mais “feliz” quando era entre PT e PSDB, partido pelo qual Geraldo Alckmin (PSB), atual vice na chapa de Lula, disputou com o petista em 2006. 

“Feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização nesse país era entre PT e PSDB”, disse Lula, na sabatina do Jornal Nacional, nesta quinta-feira (25).

“A gente era adversário político, a gente trocava farpas, mas se a gente se encontrasse num restaurante eu não tinha nenhum problema de tomar uma cerveja com Fernando Henrique Cardoso, com José Serra, com Alckmin, porque a gente não se tratava como inimigo, a gente se tratava como adversário”, completou.

O apresentador Willian Bonner questionou o candidato sobre a militância do PT, que não tratava da mesma forma os adversários. 

“A militância é como torcida organizada. A torcida organizada não é a torcida do Flamengo, do Vasco, aquela que briga, que vaia o time”, respondeu Lula, e em seguida comentou sobre a partida entre São Paulo e Flamengo da quarta-feira (24).

Lula voltou ao JN para sabatina após 16 anos

O ex-presidente voltou nesta quinta à bancada do Jornal Nacional, principal telejornal da TV brasileira, para ser sabatinado após 16 anos. Na última entrevista como candidato, em 2006, seu adversário era justamente Geraldo Alckmin (PSB), hoje o vice em sua chapa, e integrou a comitiva que acompanhou Lula ao estúdio do JN. 

Foram selecionados para a sabatina apenas as candidaturas mais bem posicionadas no Datafolha do dia 28 de julho. O candidato do PT foi entrevistado por 40 minutos, da mesma forma que se deu com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (22) e com o pedetista Ciro Gomes na terça-feira (23). Na sexta-feira (26) será a vez de Simone Tebet (MDB) participar do programa. A ordem das entrevistas foi definida por sorteio.

Há 16 anos, os principais questionamentos ao ex-presidente foram sobre o escândalo do mensalão, que estourou um ano antes. O esquema consistia na compra de parlamentares por meio de repasses de propina, o que levou diversos deputados, líderes petistas e operadores à cadeia nos anos seguintes. Lula não foi réu no caso.

Uma década depois, em 2016, o ex-presidente foi alvo da operação Lava Jato. Foi condenado em três instâncias e preso pela Polícia Federal em Curitiba, capital paranaense.

Depois, teve a condenação anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgar o caso e concluiu que o então juiz Sergio Moro – que em seguida entraria formalmente para a política, primeiro como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e atualmente como candidato ao Senado pelo União Brasil – teria sido parcial. Ainda preso, em 2018, Lula tentou participar da eleição.

Quando ocorreram as entrevistas do Jornal Nacional com os demais candidatos, ele ainda estava tentando disputar. Na sabatina com os concorrentes, o apresentador William Bonner ressaltou que, por estar preso, o ex-presidente não poderia participar. 

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Fonte: O tempo

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