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Rondônia, quinta, 10 de outubro de 2024.




Nacional

Planos de saúde terão o maior reajuste no Brasil desde 2000


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O reajuste de 15,5% aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o maior já anunciado desde o início da série histórica em 2000. O aumento para este ano superou o maior índice registrado, até então em 2016, de 13,57%, conforme dados do órgão. 

A marca aprovada pela ANS também fica acima da inflação dos últimos 12 meses no Brasil, calculada em 12,13%. Os novos valores vão valer para os planos individuais e familiares. São cerca de 8 milhões de beneficiários com contratos deste tipo no Brasil, conforme a ANS, que serão impactados. Neste reajuste os planos empresariais ou ligados a alguma associação ou sindicato não serão reajustados. 

De acordo com a ANS, o índice de 2022 foi apreciado pelo Ministério da Economia e aprovado em reunião de Diretoria Colegiada realizada nesta quarta-feira. A decisão ainda vai ser publicada no Diário Oficial da União. O aumento no valor do plano pode ser aplicado pela operadora a partir da ‘data de aniversário do contrato’, ou seja, no mês da contratação do plano.

Para chegar ao percentual de 2022, a ANS justifica que utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019. O formato “combina a variação das despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) descontado o subitem Plano de Saúde”.

O cálculo é baseado, explica a ANS, na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro. “Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020”, argumenta. 

Justificativa

Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 operadoras, justificou que o reajuste reflete o aumento de custos observado em 2021. A organização afirma que houve crescimento de 24% nos gastos e a sinistralidade dos planos de saúde, que mede os acionamentos do plano para qualquer tipo de procedimento, chegou a 86,2%  

“Na prática, a cada R$ 100 de receita dos planos de saúde no ano passado, cerca de R$ 86 foram repassados pelas operadoras aos prestadores de serviços de saúde para pagar despesas com hospitais, médicos, clínicas e laboratórios, entre outros”, justificou a Fenasaúde que também atribuiu culpa ao aumento de preço de medicamentos e insumos médicos, além da retomanda intensa de procedimentos eletivos. 

Outros fatores que impactaram no reajuste foram os tratamentos de Covid longa e a incorporação de novas coberturas obrigatórias aos planos de saúde. “Além disso, o Brasil enfrenta a maior inflação geral em 19 anos, o que afeta diversos setores de atividade econômica, incluindo o mercado de planos de saúde”, complementa a nota.

Veja, abaixo, a série histórica de reajustes sobre os planos de saúde: 

  • 2000: 5,42%
  • 2001: 8,71%
  • 2002: 7,69%
  • 2003: 9,27%
  • 2004: 11,75%
  • 2005: 11,69%
  • 2006: 8,89%
  • 2007: 5,76%
  • 2008: 5,48%
  • 2009: 6,76%
  • 2010: 6,73%
  • 2011: 7,69%
  • 2012: 7,93%
  • 2013: 9,04%
  • 2014: 9,65%
  • 2015: 13,55%
  • 2016: 13,57%
  • 2017: 13,55%
  • 2018: 10%
  • 2019: 7,35%
  • 2020: 8,14%
  • 2021: -8,19%
  • 2022: 15,5%

Fonte: O tempo

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