Bolsonaro confunde OMC com OCDE em discurso sobre exportação de alimentos

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se embaralhou com autoridades e organizações internacionais durante discurso realizado na “Marcha para Jesus”, em Cuiabá (MT), nesta terça-feira (19).

Ao se referir a uma reunião com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, na segunda-feira (18), no Palácio do Itamaraty (sede do Ministério das Relações Exteriores), o presidente afirmou que se reuniu com a presidente da 
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), chefiada atualmente pelo secretário-geral australiano Mathias Cormann.

“Dizer a vocês que há dois dias [foi no dia anterior] recebi a presidente da OCDE. Veio para mim dizer, pedir para que nós exportássemos mais alimentos. Os senhores sabem que nós não temos estoque para isso”, afirmou Bolsonaro no estado reduto do agronegócio.

“Aproveitei o momento, dada a importância dessa senhora, pedi pra ela que embargos de fertilizantes não ocorram no mundo todo, bem como esses fertilizantes não continuem aumentando de preço, porque caso contrário poderemos brevemente estar envolvido na guerra mais cruel que se possa imaginar: a guerra da segurança alimentar”, arrematou o presidente.

Em nota divulgada pelo Itamaraty na segunda-feira, foi informado que durante a reunião com representante da OMC, Bolsonaro “reiterou a relevância atribuída pelo Brasil à OMC e ao comércio internacional como propulsor para o desenvolvimento econômico”. 

Confirmando, em parte, o que disse o chefe do Executivo federal no discurso, a nota oficial expõe que ele “singularizou a importância do comércio de produtos e insumos agrícolas, como fertilizantes, para assegurar a segurança alimentar mundial”. 

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