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Colada ao Rio, Niterói tem quase 10 vezes menos casos que a capital fluminense
Iniciativas que somam organização para enfrentamento comunitário da pandemia e investimentos em infraestrutura da saúde e educação, com suporte à população carente, vêm contribuindo para que a cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, esteja conseguindo atravessar a crise de forma satisfatória.
A avaliação é do professor titular do Departamento de Planejamento em Saúde do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense, Aluísio Gomes da Silva Júnior.
O município, colado na capital fluminense, tem 10 vezes menos casos do coronavírus que a cidade vizinha, e 184 mortes, contra mais de 6 mil do município do Rio.
O professor destaca que desde o início da pandemia foi organizado um grupo de trabalho para implementar uma política social importante em articulação com universidades, organizações e movimentos comunitários.
Segundo o especialista, o amparo assistencial do município à população carente tem sido de extrema relevância para enfrentar a pandemia, com o atraso dessas políticas em outras esferas de governo.
Silva Jr cita ainda a atuação de instituições comunitárias, movimentos sociais de favelas e bairros periféricos trabalhando não apenas no nível assistencial, mas também como instrumento de informação e denúncia de violações de direitos. O especialista destaca o trabalho de um grupo de jovens comunicadores do município, que formaram uma rede para atendimento de 1,7 mil pessoas das periferias da cidade durante a pandemia.
Aluísio Gomes da Silva Júnior ainda avalia que a pandemia tornou indiscutível a importância de um sistema de saúde público e de pensar a saúde como uma política de proteção social.
Fonte: Ag. Brasil