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Mulher de personal que se relacionou com sem-teto estava em surto psicótico
A mineira, de 33 anos, casada com o personal trainer Eduardo Alves de Sousa, de 31, que foi encontrada fazendo sexo com o homem em situação de rua Givaldo de Souza, de 48, estava em “fase maníaca psicótica” devido a um quadro de “transtorno afetivo bipolar”, indica um laudo médico realizado pelo Hospital Universitário de Brasília. O documento foi obtido por “O GLOBO”, e as conclusões foram divulgadas nesta segunda-feira (28).
O caso ocorreu em Planaltina, no Distrito Federal, no último dia 9. A mulher está internada há cerca de 20 dias, desde que protagonizou a situação. O marido dela, no dia, espancou Givaldo. O sem-teto, por sua vez, fez diversas declarações públicas detalhando o ocorrido e chegou a dizer que não se arrepende de nada.
“Seria leviano a gente antecipar qualquer tese. Nós confiamos no trabalho da polícia. É uma análise multidisciplinar. Nossa atuação é humanizada, graças a Deus. Em torno da violência sexual, há uma órbita de teses que podem ser exploradas, um aspecto por si só não pode tratado como palavras ao vento – diz a advogada, afirmando que, ao dar entrada no hospital, logo após o ocorrido, Sandra estava em choque e recebeu tratamento específico para vítimas de vioilência sexual, entre eles, o profilaxia para pós-exposição ao HIV”, afirmou a advogada que representa o casal, Auricelia Vieria de Souza, ao jornal.
O documento clínico atesta que a mulher apresenta “delírios grandiosos e de temática religiosa, hipertimia — alteração de humor —, falso reconhecimento, além de ‘comportamentos desorganizados e por vezes inadequados’”, conforme reportado por “O GLOBO”. Também foi destacado que a mulher praticava “gastos excessivos, doação de seus pertences, resistência em se vestir e hiperreligiosidade”. A advogada diz que ainda não há previsão de alta.
“O Eduardo não tinha conhecimento dos problemas de saúde dela até então. Ele só fica sabendo quando acontece o episódio. Naquele momento, ao encontrá-la, ele percebe que a Sandra, que agia de forma muito diferente, estava em choque. Ela não apresentava mais pensamento organizado. Naquele dia, até então, tinha cumprido todas as suas funções normais como dona de casa e mãe. Levou a filha na escola, foi ao dentista, trabalhou em sua loja de roupas”, acrescentou Auricelia.
O laudo foi anexado ao processo que corre na Justiça sobre proliferação de perfis falsos que se identificam como a mineira ou o personal trainer, ou ambos.
Fonte: O tempo