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Rondônia, sexta, 11 de outubro de 2024.




Nacional

Ignorando escândalo do MEC, Bolsonaro reitera que não há corrupção no governo


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Sem mencionar as irregularidades envolvendo o Ministério da Educação e pastores evangélicos próximos ao governo gederal, denunciadas desde o início desta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem repetido, em discursos oficiais, que em sua gestão não há corrupção.

O assunto, no entanto, não é totalmente ignorado pelo mandatário. Embora não tenha se posicionado sobre as denúncias de liberação de recursos e pedidos de propina, Bolsonaro declarou, durante evento em Quixadá (CE), que há uma tentativa de igualar o seu governo às gestões petistas.

“Quando se fala em corrupção, nós temos o que falar: três anos e três meses sem qualquer denúncia de corrupção em nossos ministérios. Tentam a toda maneira nos igualar com quem nos antecedeu, mas não conseguirão, porque é um governo que, acima de tudo, tem profundo respeito pela sua população”, afirmou.

Entenda o escândalo envolvendo pastores evangélicos e o MEC

No último domingo (20), o Estadão publicou relatos de prefeitos que conversaram com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Segundo os dirigentes municipais, a dupla de pastores se oferecia para “resolver problemas” no Ministério da Educação, desde colocar em dia pagamentos atrasados até a liberação de verbas.

Na sequência, a Folha de S. Paulo revelou, na segunda-feira (21), um áudio em que o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, afirma que a ordem para favorecer amigos do pastor Gilmar Santos, que não possui cargo no governo de Jair Bolsonaro, partiu do presidente da República.

“Não tem nada o com Arilton, é tudo com o Gilmar”, diz Milton Ribeiro, provocando risadas do interlocutor. Como mostrou o Estadão, Gilmar e Arilton estiveram em pelo menos 22 agendas oficiais do Ministério da Educação desde o começo de 2021, sendo 19 delas com a presença do ministro.

Na noite de terça-feira (22), o jornal O Estado de S. Paulo publicou ainda reportagem em que o prefeito de Luis Domingues, Gilberto Braga (PSDB), afirma que o pastor Arilton pediu 1 kg de ouro em propina para liberar verbas de obras de educação para o município maranhense.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, pode prestar depoimento à Comissão de Educação do Senado na próxima terça-feira (29) para explicar a denúncia de favorecimento do governo federal na liberação de verbas a pedidos que chegam à pasta por meio dos pastores.

Em nota divulgada na terça-feira, o Ministério da Educação defendeu que “não há nenhuma possibilidade” de o ministro Milton Ribeiro determinar a destinação de recursos “para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”.

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Fonte: O tempo

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