Remédios ficam até 12,5% mais caros a partir de 1º de abril, acima da inflação

Na esteira dos aumentos impostos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de 10,36% em 12 meses até fevereiro, agora são os medicamentos a ter os preços reajustados. Levantamento da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) projeta em 12,5% o aumento anual, que acontece sempre em 31 de março. O último reajuste com índice acima da inflação foi há dez anos. 

A Interfarma acredita que esse índice só seja alterado se houver mudanças nos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde para o cálculo. Pesam nessa conta a produtividade da indústria, a concorrência no setor farmacêutico e o custo dos insumos. Para as indústrias, as oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na alta dos índices.

O governo ainda não confirmou o índice de aumento, que poderá incidir em 19 mil produtos, segundo a Interfarma.  De acordo com o Ministério da Saúde, a regulação é de responsabilidade da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão vinculado à  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).