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Rondônia, sexta, 01 de novembro de 2024.


Nacional

Bolsonaro mantém neutralidade na guerra e defende exploração de terra indígena


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Indo na contramão do que tem defendido a diplomacia brasileira na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) reafirmou posição neutra diante da guerra instaurada pela Rússia em território ucraniano há pouco mais de uma semana. 

“O Brasil continua numa posição de equilíbrio. Nós temos negócios com os dois países. Não temos a capacidade de resolver esse assunto. Então o equilíbrio é a posição mais sensata por parte do governo federal”, declarou na transmissão da live desta quinta-feira (3).

“Nós torcemos pelo fim do conflito, nós somos da paz. Não podemos ao buscar solução para um problema lá fora, que passa muito mais pelos contendores do que por nós, trazer um problema maior para o nosso solo pátrio. Somos de paz, um país de cristãos”, acrescentou.

Logo em seguida, o presidente aproveitou para defender investimentos nas Forças Armadas como meio de garantir paz aos brasileiros.

“Sabemos o que temos que fazer para garantir à nossa população paz, isso é investindo nas Forças Armadas, não há dúvida. Tem que ter umas Forças Armadas capazes de inibir qualquer aventura lá fora. E não esqueçamos, temos aqui uma coisa que ninguém tem: a Floresta Amazônica”, reiterou.

Em meio à guerra, a defesa da exploração de território indígena

Essa não é a primeira vez que o presidente aproveita a guerra para acenar à sua base de apoiadores favoráveis à política armamentista e ao agronegócio.

Na quarta-feira (2), Bolsonaro publicou em seu perfil no Twitter o efeito da guerra no Leste Europeu no comércio de fertilizantes e defendeu a exploração de terras indígenas.

Atualmente, a Rússia é um dos principais fornecedores de potássio para o Brasil. Foi com a justificativa de tratar do comércio de fertilizantes que Bolsonaro manteve a visita ao mandatário russo Vladimir Putin em fevereiro deste ano, quando o conflito com a Ucrânia já estava escalonando. 

Ao longo da live desta quinta-feira, tanto o presidente quanto a ministra da Agricultura Tereza Cristina, que participou da gravação, insistiram no projeto de exploração de terras indígenas e de parte da região da Floresta Amazônica para suprir o abastecimento de potássio, um dos insumos utilizados na produção de fertilizantes e que está em risco de escassez devido à guerra. 

De acordo com a ministra, o governo federal vai lançar um programa para incentivar a produção de fertilizantes, o que tem sido estudado desde dezembro de 2020. 

“É inadmissível a gente não ter um programa nacional para estimular a produção própria de fertilizantes, ou parte dessa produção. Então no seu governo, o senhor [referindo-se a Bolsonaro] vai lançar nesse mês ainda um programa nacional de fertilizantes”, anunciou Tereza Cristina.

“Esse plano está pronto, o senhor entrega ele na última semana de março lá no Palácio do Planalto”, adiantou a ministra. Ela não deu detalhes do que trata o programa, mas indicou “problemas” que poderiam ser resolvidos pelo programa.

“Tem várias políticas, porque nós tínhamos problemas de licenças ambientais que demoram muito, de segurança jurídica e problema de exploração em terras indígenas”, afirmou.

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Fonte: O tempo

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