Queiroga justifica escassez de testes de Covid: ‘Não estava tendo demanda’

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga declarou que o governo federal não comprou mais testes para evitar que fossem inutilizados, pois não havia demanda. 

“Experimentamos redução de casos, mas com a variante Ômicron os casos aumentaram em todo o mundo. Houve problema de abastecimento de testes. Não vou, como gestor público, adquirir 200 milhões de testes para deixar vencer. Não estava tendo demanda”, justificou, nesta quarta-feira (19), em cerimônia para assinatura de repasse de verba para a atenção primária de saúde nas cidades baianas mais impactadas pelas fortes chuvas.

“Os que estão me criticando podem me criticar à vontade. Outros que estiveram aqui no passado, mas nada fizeram, quantas vacinas compraram? Tem que ter distribuído 400 milhões de doses, pelo menos”, reclamou ainda o ministro, referindo-se a um período pré-pandemia de coronavírus onde, de fato, não havia demanda por essa quantia de vacinas para outras doenças.

O ministro tem demonstrado irritação por ser cobrado a adquirir e distribuir com urgência mais testes. Na última quarta-feira (12), foram prometidos 28 milhões de testes para todo o país.

Em meio à alta de novas contaminações e de acelerada disseminação da variante ômicron, a população tem enfrentado longas filas nos postos de saúde, hospitais particulares e laboratórios para conseguir fazer o exame RT-PCR. 

Mais cedo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu que não vai liberar os autotestes de Covid-19, que são exames caseiros feitos sem a necessidade de profissional de saúde, enquanto o governo federal não definir uma política pública. 

O ministro reagiu nas redes sociais e prometeu que vai atender à demanda da agência, mas não deu detalhes de como nem quando isso será feito.

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