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Bolsonaro reitera que Mendonça vai defender teses do governo no STF
Contrariando as promessas do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça feitas em sabatina no Senado, onde conseguiu aprovação para assumir a vaga do ex-ministro Marco Aurélio Mello na quarta-feira (1º), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reforçou que ele vai defender o governo federal na Corte.
Nos cálculos de Bolsonaro, seu governo tem 20% das decisões no STF, considerando os atuais dois indicados por ele e aprovados pelo Senado, ministro Kassio Nunes Marques (empossado em novembro de 2020) e André Mendonça. Mas ele aposta na reeleição de 2022 para dobrar essa porcentagem em 2023.
“Graças a Deus conseguimos enviar para o Senado dois nomes que marcam a renovação no Supremo. O Supremo também é renovável, ninguém é eterno”, enfatizou Bolsonaro.
“Hoje em dia não mando nos votos do Supremo, mas tenho dois ministros que representam, em tese, 20% daquilo que nós gostaríamos que fosse decidido e votado dentro do Supremo Tribunal Federal”, declarou ainda o presidente.
Ele participou de cerimônia realizada nesta quinta-feira (2), no Palácio do Planalto, para assinatura do auxílio-gás para famílias vulneráveis e do programa Alimenta Brasil, que dá incentivos para a agricultura familiar.
Em outros momentos, Bolsonaro já havia afirmado que pediu a Mendonça, que também é pastor em igreja presbiteriana de Brasília, para iniciar as sessões do STF com uma oração evangélica.
O alinhamento do ex-Advogado Geral da União (AGU) e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro com a pauta de costumes e conservadorismo foram determinantes para que ele fosse indicado pelo presidente. Uma das pessoas que articularam e defenderam sua indicação foi a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, frequentadora da igreja de Mendonça.
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Fonte: O tempo