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5G: Preços vão melhorar e compra online será mais vantajosa, aposta economista


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O início do leilão da quinta geração de internet móvel, nesta quinta-feira (4) na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, catalisou projeções sobre as mudanças que a tecnologia vai proporcionar aos brasileiros, incluindo as relações comerciais.

Em pronunciamento na cerimônia de abertura do leilão, o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, lembrou que as tecnologias 3G e 4G foram determinantes para conectar pessoas, por meio das redes sociais e aplicativos de vídeo e chamadas online. Já o 5G tem outra proposta, que é a “Internet das Coisas”. 

Isso significa que a alta velocidade de conexão e a baixa latência (tempo de resposta nos comandos online) vão permitir cirurgias virtuais, carros autônomos, realidade virtual na educação, melhores condições de manejo do agronegócio, entre outras previsões baseadas nos países que já desfrutam da tecnologia, como Estados Unidos, Coreia do Sul, China e Finlândia.

Na avaliação de André Sacconato, assessor econômico da FecomercioSP, a revolução anunciada pelo 5G envolve transformação na forma como o comércio vai lidar com os dados, envolvendo mais fidelização na experiência com os clientes. 

“Além disso haverá uma revolução na logística: carros e entregas autônomas, seleção automática instantânea nos armazéns e prazos menores do que um dia na entrega serão comuns”, vislumbra Sacconato.

“O comércio presencial vai cada vez mais servir como ‘showroom’ e menos como ponto de venda. Os preços devem ser beneficiados com o aumento de eficiência e a compra online terá cada vez mais vantagens na venda”, acrescenta o economista.

Infraestrutura pode ser empecilho 

Por outro lado, para que essa realidade seja possível, é necessário que o país supere algumas limitações de infraestrutura, pois a licitação das frequências de banda por onde os dados vão trafegar não resolve o problema da falta de antenas que transmitem o sinal de internet.  

]“O 5G precisa de antenas menores, mais parecidas com um roteador grande que temos hoje. Não necessitam de terrenos grandes e cercados, nem de antenas de 3 a 4 metros de altura”, observa o economista, pontuando que maioria dos municípios brasileiros não atualizaram suas legislações para adequar as antigas antenas aos novos modelos.

“A burocracia sobre terreno, distância a outras residências, não tem o mínimo sentido com o 5G e inclusive inviabiliza a tecnologia. Tudo isso terá que ser revisto”, destaca Sacconato.

A crítica do economista às legislações municipais defasadas tem respaldo no levantamento realizado pela Conexis Brasil Digital, divulgado à imprensa nesta quarta-feira (3).

Segundo o estudo, somente sete, das 27 capitais brasileiras, têm legislações adequadas à instalação de infraestrutura e antenas que suportam o 5G. Essas capitais são Boa Vista (RR), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Palmas (TO), Porto Alegre (RS) e Porto Velho (RO). 

O presidente da Anatel admitiu esse problema, em declaração à imprensa após a solenidade de abertura do leilão do 5G, e disse que está nos planos do governo convencer as autoridades municipais a adaptarem as legislações sobre antenas.

Morais também indicou que o problema é antigo: “Alguns municípios têm uma menor cobertura [de internet] por causa desse óbice que existe em relação à instalação de antenas”.

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Fonte: O tempo

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