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Rondônia, sábado, 21 de setembro de 2024.




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Minerva: órgão antitruste do Uruguai reprova compra de plantas da Marfrig


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O negócio bilionário entre Minerva e Marfrig ganhou mais graus de incerteza. A Minerva confirmou nesta terça-feira, 21, que a autoridade a Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência (Coprodec) do Uruguai, o Cade do país vizinho, não aprovou a aquisição de três estabelecimentos industriais de propriedade da Marfrig por lá.

No começo deste mês, o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) já havia rebaixado a recomendação para as ações da Minerva de ‘compra’ para ‘neutra’, por conta das incertezas elevadas em relação ao futuro da companhia com a compra dos ativos de carne bovina da Marfrig.

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No Brasil, a análise pelo Cade também tem sido mais morosa do que esperado inicialmente, o que sinaliza, segundo a equipe de analistas, que o cenário para a ação da Minerva é ‘extremamente binário’. Ou seja, o resultado da análise é crucial para definir o futuro do papel.

“As reações iniciais dos órgãos antitruste do Brasil e do Uruguai sugerem que a aprovação pode vir com remédios que tornem o negócio economicamente menos atrativo”, escreveu a equipe do BTG em seu relatório.

O preço dos ativos localizados no Uruguai totaliza R$ 675 milhões. As plantas fazem parte de um pacote de 16 ativos da Marfrig na América do Sul comprados pela Minerva. No anúncio em agosto, a operação de R$ 7,5 bilhões não caiu bem para investidores. Desde então, a ação da Minerva se desvaloriza 36%.

No comunicado desta terça-feira, a empresa afirmou ainda que está avaliando os termos da decisão da Coprodec, indicando que irá recorrer. A partir da publicação da Coprodec, a Minerva tem 10 dias para recorrer e, a partir daí, o governo terá 60 dias úteis para uma decisão, podendo passar até mesmo pela avaliação do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.

Na semana passada, com a iminência da negativa da autoridade uruguaia, a equipe do Safra publicou que um atraso na integração dos ativos adquiridos no Uruguai pode impactar negativamente a geração de fluxo de caixa da Minerva, “embora a conclusão das aquisições no Brasil, Argentina e Chile siga uma dinâmica independente e não deva enfrentar restrições significativa”

Já para a Marfrig, a equipe do banco diz que o efeito de atrasos e mesmo de uma rejeição é limitado. Isso porque é o comprador quem assume todos os riscos, os juros estão sendo acumulados sobre o R$ 6 bilhões pendente de recebimento da Minerva, e, por gim, a posição de caixa atual da Marfrig é suficiente para cobrir pelo menos 2 anos de dívidas a vencer (sem considerar o caixa da venda de ativos).

“No pior cenário e considerando que o comprador assume todo o risco, ainda não está claro se a Minerva teria que devolver os ativos à Marfrig e pagar uma multa, encontrar um terceiro para adquirir as plantas ou estar sujeita a qualquer outra medida”, acrescenta a equipe do Safra, que manteve recomendação neutra para a ação da Minerva.

Fonte: Exame

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