Caso Lázaro: policiais dizem estar familiarizados com métodos do suspeito

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás considera que as equipes que atuam na busca do criminoso Lázaro Barbosa estão cada vez mais conhecedoras do perfil e da área de atuação dele.

Apesar disso, na última atualização emitida sobre o caso na noite deste sábado (19) os policiais não haviam prendido o fugitivo. A busca já dura 11 dias e reúne cerca de 400 membros das forças policiais, entre elas as polícias militar e civil de Goiás e do Distrito Federal, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

“As equipes estão cada dia mais conhecedoras das peculiaridades da área de atuação e do perfil de ação de Lázaro”, afirma a secretaria em nota.

Também neste sábado (19), o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo em suas redes sociais em que diz esperar que Lázaro  seja ‘no mínimo preso’.

O caso

Acusado de matar uma família de quatro pessoas na última quarta-feira em Ceilândia, Lázaro Barbosa, de 32 anos, já conhecido como “serial killer do Distrito Federal”, tem uma extensa ficha criminal. Antes de ser acusado pelo assassinato da família Vidal Marques, no dia 9, ele cumpriu pena por estuprar uma mulher, em 2009.

Lázaro foi preso em 2009, mas conseguiu fugir do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, em 2016. À época, não retornou da saída temporária de Páscoa. Em 2018, ele foi detido novamente, desta vez em Águas Lindas de Goiás, mas escapou da prisão poucos meses depois. 

Após o caso de quarta-feira, sua busca mobiliza centenas de agentes de segurança de Goiás e da capital do país. O Ministério da Justiça enviou um grupo de 20 integrantes da Força Nacional para ajudar no trabalho. Durante a fuga, ele já feriu dois agentes, três pessoas que estavam acampadas, além de ter invadido casas e feito reféns. 

O aparato da Polícia Civil se concentrava nessa sexta-feira em uma área de matagal no distrito de Girassol. Um morador afirmou nesta sexta-feira ter visto Lázaro invadir uma chácara naquele distrito. “O vizinho viu ele entrando no bananal. Na mesma hora, coisa de segundos, a polícia chegou. (Lázaro) Entrou no mato. Rapidinho os helicópteros chegaram e, pelo jeito, ele invadiu nossa casa”, disse o chacareiro Alan Reis. “Quebrou a porta, revirou as roupas da minha esposa e levou o queijo.”

Segundo as autoridades, Sousa é experiente em se movimentar em uma região de muitas chácaras e de mata e, por isso, vem conseguindo furar o cerco policial.