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Rondônia, sexta, 20 de setembro de 2024.




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Fuga em Mossoró: diretor do presídio é demitido por Lewandowski


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O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu definitivamente o diretor do presídio federal de Mossoró, antes afastado, Humberto Gleydson Fontinele. A decisão acontece em meio à recaptura dos fugitivos Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 36, presos novamente nesta quinta-feira após 51 dias da fuga.

A demissão deverá ser oficializada no Diário Oficial desta sexta-feira, 5. Fontinele havia sido afastado do cargo em 14 de março. No lugar, foi nomeado interinamente o policial penal Carlos Luis Vieira Pires, que antes atuava como coordenador-geral de Classificação e Remoção de Presos, em Brasília.

Os detentos foram recapturados nesta quinta-feira em Marabá, no Pará. A caçada começou na manhã da quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro, e seguiu até esta quinta-feira. O Ministério da Justiça informou que eles foram detidos em uma ação conjunta das Polícias Federal e Rodoviária Federal.

A dupla foi encontrada a cerca de 1.600 quilômetros de Mossoró (RN). Inquérito da Polícia Federal apontou que os dois receberam ajuda de uma rede de apoio mobilizada pelo Comando Vermelho, facção criminosa a qual eles eram integrantes no Acre. Os dois atravessaram três Estados – Ceará, Piauí e Maranhão – para chegar ao Pará.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, os fugitivos e quatro comparsas foram encurralados por equipes da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma ponte na Rodovia Federal 222, nas proximidades de Marabá, no Pará, por volta das 13h30.

As investigações apontam que os dois planejavam ir para o exterior e contavam com “vários outros carros equipados e modernos”.

Diretor-geral da Polícia Federal, o delegado Andrei Rodrigues disse que ao serem abordados pelas equipes, os criminosos chegaram a apontar um fuzil. Todos foram levados para a Superintendência da corporação no Pará e devem responder pelo auxílio que prestaram aos fugitivos e também pelo porte da arma.

O ministro da Justiça explicou que os fugitivos irão retornar a Penitenciária Federal de Mossoró, que teve a direção trocada e passou por uma reformulação de protocolos e por uma melhoria na infraestrutura.

— Podemos garantir que o sistema penitenciário federal não é mais o mesmo depois do evento que ocorreu em Mossoró. Fizemos revistas e fiscalizações em todas as unidades. Mais dez mil câmeras foram adquiridas, sendo parte delas instaladas. Os procedimentos foram reforçados, com revistas diárias, e os problemas estruturais foram consertados — disse André Garcia, secretário nacional de Políticas Penitenciárias.

Fonte: Exame

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