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Movimento católico conservador quer boicotar Campanha da Fraternidade 2021


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Com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, a Campanha da Fraternindade Ecumênica 2021, realizada pela Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), vem sofrendo ataques de católicos ultraconservadores. Os críticos acusam a campanha de deturpar os valores cristãos e defender pautas que eles chamam de marxistas.

O lema da campanha deste ano é “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, e, segundo o site da campanha, tem como objetivo geral promover uma reflexão e levar a comunidade a superar as polarizações e violências. A abordagem sobre questões de gênero foi um dos principais alvos de crítica.

O tema não agradou as alas mais conservadoras da Igreja Católica. Em vários vídeos publicados no Youtube, o presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, Frederico Abranches Viotti, condena a abordagem da CNBB que ele julga “pró-LGBT”. “Não apenas tem o intuito de quebrar a barreira em relação ao que a doutrina da igreja considera pecado, que é o homossexualismo [sic], mas muito pior (…), lança uma nova religião”, acusa.

Viotti gravou três vídeos nos quais aponta motivos para boicotar a campanha. Em um deles, na descrição, aponta que a ação “promove, uma vez mais, a subversão dos princípios e das instituições cristãs que fizeram grande nosso País”.

Outro questionamento apontado pelos críticos é sobre a redação do texto-base, que, para eles, falta com a menção a Nossa Senhora e outros elementos da fé católica. 

Em uma nota publicada na última sexta-feira (12), A CNBB respondeu às críticas dizendo que, por ser uma campanha ecumênica, a redação do texto-base foi feita seguindo a estrutura de pensamento e trabalho do Conic, que é responsável pela elaboração e coordenação das campanhas ecumênicas. “Não se trata, portanto, de um texto ao estilo do que ocorreria caso fosse preparado apenas pela comissão da CNBB”, afirma a nota.

A publicação, assinada pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira, ainda justifica a escolha do tema, considerado “urgência num tempo de polarizações e fanatismos”.

Arrecadação

Outro ponto criticado na campanha é a Coleta da Solidariedade. Os grupos contrários à ação sugerem aos fiéis que não ofertem doações no Domingo de Ramos, quando tradicionalmente as igrejas recolhem as ofertas, alegando que os recursos poderiam ser doados a instituições que atuam em causas desaprovadas pela doutrina católica.

Na justificativa, a CNBB assegurou que “os recursos do Fundo Nacional de Solidariedade serão aplicados em situações que não agridam os princípios defendidos pela Igreja Católica.”

Fonte: O tempo

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