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Rondônia, domingo, 29 de setembro de 2024.




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Nubank alcança rentabilidade dos bancões e tem lucro de US$ 303 milhões no 3º tri


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Um ano após registrar seu primeiro lucro líquido pós-IPO, o Nubank (NUBR33) mantém a trajetória de ganhos. O banco digital teve lucro líquido de US$ 303 milhões no terceiro trimestre contra um resultado de US$ 7,8 milhões no mesmo período do ano passado. Na comparação trimestral, o lucro do Nubank avançou 34%.

O resultado ficou acima das expectativas do mercado, que estimava um lucro de US$ 276 milhões segundo cálculo da Refinitiv. Em receitas, o Nubank alcançou um resultado de US$ 2,1 bilhão, novo recorde, que representa um aumento de 53% em base neutra de câmbio em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.

E para além de lucro e receita, as atenções do resultado se voltaram para a rentabilidade do Nubank, que alcançou o patamar dos bancões. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ficou em 21% – crescimento de 4 pontos percentuais frente ao trimestre passado. O resultado consolidado da holding  mostrou rentabilidade acima de grandes bancos de varejo como Bradesco e Santander, que estão lutando para retomar o patamar dos 20%.

“[O resultado em ROE] posiciona o Nubank como uma das empresas mais rentáveis da América Latina – apesar de estarmos super capitalizados e termos as operações no México e na Colômbia ainda incipientes”, afirmou Guilherme Lago, CFO do Nubank, em entrevista à EXAME Invest. “Parte do retorno de capital vem do número de clientes ativos com principalidade. Alcançamos 89,1 milhões de clientes, com perto de 60% de principalidade e que tem crescido em um ritmo mais forte”. No terceiro trimestre, foram adicionados 5,4 milhões de clientes à base do Nubank.

O banco não fornece guidance, mas Lago reforça que a ambição é continuar avançando em rentabilidade. “Vamos ter um crescimento da rentabilidade ao longo dos próximos anos. Ainda estamos longe da fronteira da eficiência”, disse.

Entre os ingredientes que impulsionam o indicador, um  dos mais observados é a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC), que neste trimestre alcançou pela primeira vez os dois dígitos. A ARPAC avançou 18% em base anual, para US$ 10. A ambição do Nubank é alcançar o patamar de receita dos grandes bancos de varejo ronda os US$ 45. Por outro lado, o custo médio mensal de atendimento por cliente ativo permaneceu praticamente inalterado e abaixo do nível de um dólar, em US$ 0,9.

Carteira de crédito e inadimplência

A carteira de crédito total do Nubank teve expansão de 48% frente ao mesmo período do ano passado, para US$ 15,4 bilhões. O cartão de crédito corresponde a 80% da carteira, os empréstimos pessoais ficam com os 20% restantes.

A inadimplência de longo prazo, acima de 90 dias, subiu de 4,7% para 6,1% na comparação anual e avançou 0,2 ponto percentual (p.p.) frente ao último trimestre. A inadimplência de 15 a 90 dias, por sua vez, manteve o patamar de 4,2% em base anual. Porém, frente ao primeiro trimestre, o indicador caiu 0,1 p.p.. 

O CFO avalia que o pior da inadimplência no ciclo de crédito brasileiro tenha ficado para trás. Ainda assim, reforça que o Nubank pretende continuar crescendo a carteira de crédito em um ritmo forte e que isso pode afetar o indicador.

“Não vemos nenhum problema se o crescimento da carteira de crédito levar a um aumento da inadimplência. Prestamos mais atenção à margem líquida ajustada pelo risco de crédito. É possível haver um aumento da inadimplência que pode ser muito mais do que compensado pela alta da receita. Esse é o nosso principal foco”, defendeu o CFO.

Ainda assim, o banco tem investido mais em linhas menos arriscadas de investimento. O último passo foi entrar no empréstimo consignado, lançado em abril, com expansão da operação para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em outubro. “Estamos começando ainda, mas estamos ansiosos para o impacto [do consignado] no resultado em 2024”.

Base do Nubank vai continuar crescendo?

O crescimento de clientes é um dos pilares da estratégia do Nubank para crescer. A base, no entanto, já atinge perto de 52% da população adulta brasileira, uma penetração alta que pode impactar o ritmo de aquisição de clientes. Segundo Lago, o Nubank ainda vê um potencial de crescimento forte no Brasil, mas espera uma queda no ritmo de aquisição de clientes já para o próximo ano. 

“Existe um fator que vai compensar esse movimento: México e Colômbia vão acelerar [o ritmo de aquisição de clientes]”, disse. A expectativa é com os resultados do lançamento da conta bancária nesses países, que foi um forte atrativo para os clientes no Brasil. “Acabamos de lançar a conta bancária no México e, na Colômbia, pretendemos lançar no primeiro trimestre de 2024. Não será um processo linear, mas esperamos uma boa compensação nos próximos anos”.

Fonte: Exame

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