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Rondônia, sábado, 05 de outubro de 2024.




Nacional

JSL (JSLG3) lucra R$ 58 milhões e reporta Ebitda recorde no terceiro trimestre


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A JSL (JSLG3), empresa de logística do grupo Simpar, registrou mais um período de resultados positivos (e de recordes). Nesta segunda-feira, 6, o balanço do terceiro trimestre apontou um lucro de R$ 58 milhões, o que representa uma alta anual de 37,6% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Mas não foi só o lucro que subiu. Outros indicadores estratégicos, como receita, Ebitda e ROI também tiveram avanços. Os resultados crescentes, segundo Ramon Alcaraz, presidente da JSL, devem-se ao modelo de negócios adotado pela empresa. “Temos reportado uma evolução trimestre a trimestre, e para mim, mais importante do que simplesmente garantir um número bom, é ter a consistência dessa evolução. A exemplo disso, no balanço dos últimos três meses, tivemos o maior Ebitda trimestral desde o IPO”, afirmou em entrevista à EXAME Invest.

O executivo lembra que, desde o IPO da JSL, há três anos, o Ebitda teve um crescimento recorde de 283%. Além disso, o faturamento da companhia reportou um avanço de 190% nesse período, enquanto o retorno, medido pelo ROIC, mais que dobrou e teve uma expansão de 8,4 p.p.

“Lançamos um guidance no começo de 2021 em que revelamos o objetivo de chegar em R$ 10 bilhões de receita ano em 2025. Seria mais do que triplicar a receita do IPO. Se anualizarmos a receita deste terceiro trimestre de 2023, já somos uma empresa de R$ 10 bilhões de receita ano. Ou seja, antecipamos o guidance em dois anos”, aponta Alcaraz.

JSLG3 e o 3T23

No terceiro trimestre, a JSL reportou uma receita bruta de R$ 2,4 bilhões, alta de 23% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Na comparação trimestral, o avanço foi de 8,8%.

Ainda referente ao mesmo período, a margem EBITDA ficou em 20,2%, alta de 1,2 p.p. no comparativo anual, o que a JSL atribuiu como reflexo do tamanho e do ganho contínuo de escala e eficiência operacional da companhia. Já o EBITDA foi recorde desde o IPO de 2020, chegando a R$393 milhões, crescimento de 31,5% frente ao 3T22.

Alcaraz destaca, porém, que os números poderiam ser ainda melhor do que os reportados, já que a IC Transportes, adquirida neste ano pela JSL, ainda não está no patamar de rentabilidade ideal para o seu capital investido. Mas as perspectivas futuras são positivas. “É uma empresa com resultados muito bons. É a clássica empresa que adquirimos e projetamos que vai crescer rapidamente com a nossa injeção de ânimo e capacidade de crescimento. A IC já é boa, ela deve crescer futuramente e deve ajudar nos resultados.”

Captação de capital e novas aquisições

As aquisições fazem parte dos negócios da JSL, que em julho incluiu a  FSJ Logística ao seu portfólio. A compra de novas empresas segue no radar de expansão da companhia, mas não há negócios em fases tão avançadas no momento. Por outro lado, a captação está a todo vapor.

Guilherme Sampaio, CFO da JSL, salienta que no último mês de setembro houve a emissão de um novo CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) no montante de R$ 707,2 milhões. Foi uma excelente captação porque trata-se de uma operação de sete anos e um custo médio com 150 bips menor do que a média do custo médio da dívida. Isso já mostra um pouco do trabalho dessa precificação, contando com os dois upgrades de rating que tivemos.”

As revisões que o executivo cita são da Fitch Ratings, que saiu de AA-(bra) para AAA(bra) e da S&P Global, que foi de de brAA para brAA+.

Além da emissão de setembro, Sampaio ainda cita que a JSL assinou quase R$ 700 milhões em linhas compromissadas novas. Com isso, a companhia dispõe hoje de R$1,2 bilhão em caixa e outros R$1,4 bilhão de linhas de crédito comprometidas. “O que nos garante conforto para renegociar e reperfilar a nossa dívida com calma. Tivemos um fluxo de caixa livre de R$ 110 milhões, o que dá uma folga grande de fazer o trabalho de redução da nossa dívida.”

Vale salientar que, conforme aponta o balanço divulgado hoje, a alavancagem da JSL encerrou o 3T23 em 2,63x dívida líquida/EBITDA e 2,37x na relação dívida líquida/EBITDA-A. No documento, a companhia completa que a dívida líquida inclui R$ 705 milhões de Capex que ainda não se converteu integralmente em receita e resultados nos últimos 12 meses. “Fazendo com que a alavancagem não reflita necessariamente a capacidade de geração de caixa com o investimento realizado”, diz o relatório. 

Fonte: Exame

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