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Guia contra desinformação para plataformas regulares digitais é anunciado pela UNESCO
Nesta segunda-feira (6), a Unesco anunciou um plano de ação contra a desinformação para organizações internacionais as plataformas digitais, destinado tanto aos Estados quanto ao setor privado, de olho em um ano eleitoral muito movimentado em 2024.
O acesso a informações confiáveis é um desafio, em um contexto em que as eleições gerais serão realizadas em 81 países no próximo ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e considerando que as redes sociais se tornaram uma das principais fontes de informação para o público.
A agência da ONU, se baseou em um amplo processo de consulta realizado entre agosto e setembro em 16 dos 81 países onde as eleições ocorrerão no próximo ano, em especial Índia e Estados Unidos, com a participação de quase 8.000 pessoas.
Oitenta e sete por cento dos entrevistados acreditam que a desinformação representa uma “ameaça real” e estão preocupados com seu impacto nas próximas eleições. Esse temor é agravado pela inteligência artificial e pelo uso de algoritmos na moderação de conteúdo.
Embora 68% afirmem que a desinformação é mais divulgada nas redes sociais do que na mídia tradicional, essas mesmas plataformas são uma fonte de informações “frequente” para 56% das pessoas entrevistadas, à frente da televisão (44%).
Sessenta e sete por cento dos usuários da internet já se depararam com discursos de ódio online em plataformas como o Facebook, TikTok ou X (antigo Twitter), sobretudo no caso de pessoas LGBTQIA+ ou pertencentes a minorias étnicas.
“Esta é a primeira vez que existe um corpo global dedicado à desinformação, com medidas concretas para combater a desinformação online”, afirmou um diplomata da Unesco à AFP.